segunda-feira, 16 de novembro de 2020
X Meio Ambiente em Foco: Os (Des) Casos Ambientais Brasileiros
terça-feira, 15 de setembro de 2020
II PET Diálogos Online, EP 03: “Racismo Estrutural e a Questão Sócio-Ambiental”, com o Geo-Raça
Arte da Capa: Projeto Mutirão, Roger Vieira |
No terceiro episódio da série "Geografando as Relações Étnico-Raciais no Brasil", nós do PET-Geo convidamos o Coletivo de Estudos sobre Espaço e Relações Étnico Raciais (Geo-Raça), do Departamento de Ciências Geográficas - DCG da UFPE, para discorrer a cerca do "Racismo Estrutural e a Questão Sócio-Espacial". Trazendo uma perspectiva ainda mais dentro da geografia sobre o racismo, tema da série, o episódio 03 tem pouco mais de uma hora de duração e tá muito massa! Vale a pena conferir.
Instagram: @georaca.ufpe |
Os representandos do Geo-Raça na nossa conversa foram:
Adalberto Correia: Bacharel em Geografia pela UFPE, mestrando em Geografia pelo PPGEO - UFPE, membro do Grupo de Pesquisa em Inovação, Tecnologia e Território (GRITT), do Observatório das Metrópoles e do Coletivo de Estudos sobre Espaço e Relações Étnico Raciais (Geo-Raça).
Walter Daniel: Graduando em licenciatura em Geografia - UFPE e membro do Coletivo de Estudos sobre Espaço e Relações Étnico Raciais (Geo-Raça).
Onde Ouvir?
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Anais do VIII Encontro do Pensamento Geográfico - EPG 2019
Saudações geográficas!
Nós do PET Geografia finalmente viemos a público anunciar que estão prontos em Anais do VIII Encontro do Pensamento Geográfico - EPG, realizado em Outubro de 2019.
Pedimos desculpas pelos contratempos que atrasaram a publicação, e esperamos que vocês estejam tão felizes quanto nós estamos de finalmente podermos lançar esse material.
Esperamos também que vocês fiquem em casa e sigam as recomendações médicas da OMS, em prol da diminuição dos danos causados pela pandemia do novo coronavírus.
Acesse o material clicando aqui.
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
II PET Diálogos Online, EP 02: “Racismo e Educação” com o Núcleo de Estudos Afro Brasileiros - NEAB UFPE
Arte da capa: Projeto Mutirão, Isabela Stampanoni. |
No segundo episódio da nossa série "Geografando as Relações Étnico-raciais no Brasil" tivemos o prazer receber os convidados do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros (NEAB) da UFPE para uma conversa sobre o racismo na educação. Um grande aprendizado para nós, petianos, e que esperamos que seja para todos os ouvintes. Vale a pena conferir!
Instagram: @neab.ufpe |
Os convidados representantes do NEAB são ambos professores associados da UFPE.
Onde Ouvir?
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
II PET Diálogos Online, EP 01: “Racismo, Encarceramento e Violência Policial” com o grupo Além das Grades.
Arte da capa: Projeto Mutirão, Clara Moreira. |
No primeiro episódio da nossa série de podcasts convidamos o Além das Grades, grupo de extensão popular vinculado à Universidade Federal de Pernambuco. É uma entidade voltada à efetivação e a defesa dos direitos humanos preponderantemente dentro do sistema prisional de Pernambuco, e que manifesta sua atuação por meio de vários canais, como: assessoria jurídica voluntária, a articulação acadêmica para debater e propagar conhecimentos, a produção de textos e conteúdos úteis às causas apoiadas, bem como a abordagem e o estudo do Direito e do contexto social sob um viés crítico e humanista.
Instagram: @grupoalemdasgrades; Email: grupoalemdasgrades@gmail.com. |
Onde ouvir?
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
PET Geocast e o II PET Diálogos Online
terça-feira, 28 de julho de 2020
Live: 2020.3, e Agora?
quinta-feira, 28 de maio de 2020
Parte IV - Diálogos e Conexões: Breve Ensaio Sobre o Desenvolvimento da Ciência Geográfica
4. Entre os Modelos e a Explicação: A Nova Geografia e a Geografia Crítica
Dois geógrafos vão influenciar a uma movimentação para uma renovação da geografia, sendo eles Alfred Hettner e Richard Hartshorne e seus nomes estão vinculados a Geografia Racionalista, a qual tenta desvincular o empirismo no método de pesquisa, mas não necessariamente houve algum rompimento com a Geografia Tradicional. A Geografia Racionalista, mais tarde há de se chamar Pragmática.
Alfred Hettner, foi um geógrafo alemão que tentou romper o pensamento determinista e possibilista, porém foi renegado em sua época. Hettner dizia que a geografia deveria estudar as diferenciações das áreas, ou seja, analisar os elementos e suas inter-relações da superfície da terra.
Hartshorne vai se embasar em Hettner, levando e melhorando o estudo geográfico no EUA, a geografia estuda as inter-relações de fenômenos heterogêneos. Porém, o rizoma epistemológico da geografia expandira, pois Hartshorne cria a Geografia Nomotética, sendo esta a, grosso modo, a generalização das áreas e criou também a Geografia Idiográfica, esta sendo o estudo singular, do particular, que levaria a um estudo mais especifico e detalhado. Todavia, Hartshorne não se preocupou em dar o objeto de estudo da geografia, sendo este para ele um “ponto de vista”.
A Geografia Pragmática, nome autoexplicativo, tende a um caráter prático. Levantou críticas a Geografia Tradicional, principalmente a insuficiência de análise e ao método empirista. O método pragmático está embasado na estatística e no raciocínio dedutivo, coligado ao interesse do capital (burguesia), muitas vezes correlacionando-se com o Estado capitalista.
Dentro deste movimento houve ramificações, entre elas está a Geografia Teorético-Quantitativa, com as elaborações de “diagnósticos” a partir das expressões numéricas. Houve a Geografia Sistêmica ou Modelística, que usavam modelos de representações e explicação. E a Geografia da Percepção, de caráter behaviorista, buscava entender como os homens percebem o espaço por eles vivenciados.
O grande problema vinculado ao pragmatismo geográfico, que vai servir de crítica com a Nova Geografia, é que eles não se preocuparam em desvincular a base social do pensamento Tradicional, favorecendo a burguesia e ao Estado burguês. A Geografia Pragmática vai se abster de assuntos sociais e políticos. Fernandes e Dutra (2019) dizem em relação a demanda de uma outra movimentação epistêmica e comentam:
No âmbito científico-paradigmático, a Geografia Crítica nasce da própria Nova Geografia, e do contexto histórico, questionando e criticando a ideologia presente para o desenvolvimento do capitalismo. Inicia-se, a partir de uma sócio-construção, um novo paradigma na geografia com abordagens baseadas na dialética, hermenêutica, fenomenologia. (2019, pg.6).
Referências
quarta-feira, 27 de maio de 2020
Parte III - Diálogos e Conexões: Breve Ensaio Sobre o Desenvolvimento da Ciência Geográfica
3. A Construção das Duas Escolas: A Recente Alemanha e a França
Ratzel, cabe destacar aqui, foi muito influenciado por duas correntes científicas, o darwinismo e o positivismo, o primeiro está vinculado a concepção de “organismos”, esses sendo a sociedade de um modo geral. O positivismo dentro da obra de Ratzel está na tentava de sistematizar a geografia, de trazer aspectos quantitativos e estatísticos para então alcançar o progresso da sociedade.
Bem, a obra de Ratzel está totalmente interligado ao seu contexto histórico, dando aval para o imperialismo alemão. A teoria do autor era a de que o meio em qual determinada sociedade se encontrava influenciava o desenvolvimento da mesma, e que a partir do desenvolvimento haveria premência territorial de se expandir.
Os adeptos de Ratzel, faz-se necessário dizer, generalizaram e simplificaram sua teoria. Criando a escola determinista ou, até mesmo o “determinismo geográfico”. Tais generalizações seriam “ o homem é produto do meio” ou “ o meio define o progresso da história”.
Entretanto, houve oposição a esse tipo de pensamento, nascendo na França. E aqui cabe explanar, brevemente, o contexto histórico e geográfico. A França passou por uma revolução burguesa com influência Iluminista, instituindo uma tradição liberal e cientificista. A ciência teve papel importante, pois foi colocada afastada do discurso ideológico burguês com um ar de “neutralidade”, porém, esta trouxe autoritárias ordens.
No final do século XIX, a Prússia (futura Alemanha) e a França tentavam a disputa da hegemonia da Europa, o que travou em um combate em 1870. O que levou a derrota da França e a perda de Alsácia e Lorena, territórios de grandes reservas de carvão, os quais eram utilizados para a industrialização francesa, agora em pertencimento a Prússia.
Após a derrocada francesa, houve a formação da Terceira República francesa. O procedente foi a colocação da geografia em todas as escolas de ensino básico, foram criadas também as cátedras e institutos de geografia. Mostra-se o interesse a geografia dentro do contexto da guerra. E é nesse emaranhado que surge a oposição a ideia de Ratzel, com propostas de Paul Vidal de La Blache.
La Blache trouxe três críticas ao determinismo de Ratzel. Primeiro argumentou que a ciência geográfica alemã não tinha “neutralidade”, na tentativa de deslegitimar e implantar a base liberal burguesa, isto é, deslegitimar o imperialismo alemão e sobressair o imperialismo francês de modo sutil. A segunda crítica foi a passividade que o ser humano se encontrava nas formulações ratzelianas. Com isso, Vidal contribui para a carga humana dentro da geografia. Por fim, a última crítica foi no determinismo de fato, ou melhor, descordou de que o meio é o “maior” fator para determinar o caminho da história.
A partir dessas três críticas, La Blache criou uma perspectiva opositora à alemã. O objeto de estudo seria a relação homem-natureza, na perspectiva da paisagem. Dando maior ênfase ao homem, ou seja, o homem é ativo e passivo sobre o meio. A natureza possibilita o desenvolvimento humano, daí vem a ideia de possibilismo. Mas vale a ressalva de que o possibilismo de Vidal era um mito da ciência asséptica, que a ciência possui neutralidade e este posicionamento de “despolitização” da ciência deu abertura para o imperialismo francês.
Idealizado por Paul Vidal de La Blanche, o Possibilismo é a escola geográfica da França. O surgimento desse pensamento tem início na época em que estava havendo durante o confronto Franco-Prussiano, pois a França viu a necessidade de conhecer o território.
Diferente do Determinismo (até mesmo contra), o Possibilismo tem uma visão de que o homem pode modificar a natureza a seu favor, não ficar refém dela, apenas intervir e adequa-lá a suas necessidades e assim adaptaria-se a esse meio modificado. Os intelectuais Possibilistas tiram a responsabilidade da natureza pela pobreza de uma população ou pelo seu retardamento, pois se acreditam que o homem pode modificar ele pode sair dessa situação de “desfavorecimento” natural.
terça-feira, 26 de maio de 2020
Parte II - Diálogos e Conexões: Breve Ensaio Sobre o Desenvolvimento da Ciência Geográfica
2. A Sistematização de Uma Ciência em Meio a Guerra
A origem da Geografia se dará na Alemanha, tanto pelo motivo das fragmentações do modo capitalista, mas também com o expansionismo napoleônico. Napoleão, com o bloqueio continental, fez com que a Alemanha se industrializasse e também fez com que seu mercado interno ascendesse. Isso levou a um ideal de unidade, mas não a unificação. Este acontecimento levou a Confederação Germânica, de um modo geral, havia uma disputa entre a Áustria e a Prússia para a tomada de poder, o que levou a guerra entres as duas. Prússia sai como vitoriosa e aplica seu modelo de organização espacial política, econômica e, principalmente, militar (MORAES, 2007).
A unificação tardia da Alemanha, que não impediu um relativo desenvolvimento interno, deixou-a de fora da partilha dos territórios coloniais. Isto alimentava um expansionismo latente, que aumentaria com o próprio desenvolvimento interno. Daí o agressivo projeto imperial, o propósito constante de anexar novos territórios. E, por esta razão, mais uma vez, o estímulo para pensar o espaço, logo, para fazer Geografia.
Ratzel traz um fortalecimento para a política imperialista da Alemanha ao trazer o objeto de estudo da geografia, sendo está, o estudo da influência da natureza sobre os seres humanos, tanto na fisiologia quanto no psicológico do ser humano. Ratzel vai dizer que a natureza determina a riqueza, o desenvolvimento das sociedades com os meios que tal sociedade obtém. Ratzel ainda traz a naturalização do expansionismo de uma sociedade bem desenvolvida, pois o progresso exige maior uso dos recursos naturais e isso exige uma ampliação do território. Para enaltecer a ação alemã, o teórico traz o conceito de Espaço Vital, que representa o equilíbrio de uma dada sociedade e aos seus recursos disponíveis, portanto, dando a competência de ampliar-se a partir da necessidade de outros territórios para. E a imagem do Estado é essencial, pois é a partir dele que há imperialismo.
Referências
segunda-feira, 25 de maio de 2020
Parte I - Diálogos e Conexões: Breve Ensaio Sobre o Desenvolvimento da Ciência Geográfica
Introdução
1. Origens do Conhecimento Geográfico: da Antiguidade até os Naturalistas
Com referência a autores que contribuíram de forma efetiva nesse período para a concepção da ciência geográfica, destaca-se Estrabão (63 a.C – 24 d.C), autor de Geographia, um tratado de dezessete livros contendo a história e as descrições de povos e locais do mundo conhecido à época. [...] Apesar dos erros, essa obra foi a primeira desse gênero herdada da Antiguidade. Conforme Estrabão, “a Geografia [...] nos parece ser, como algumas ciências, do domínio da Filosofia [...] a variedade de aplicações que é susceptível a Geografia, que pode servir, por sua vez, às necessidades dos povos e aos interesses dos chefes...implica que o geógrafo tenha esse mesmo espírito filosófico habituado a meditar sobre a grande arte de viver e de ser feliz” (2010, Pg. 30).
O estudo da geografia se manteve limitado a partir desse contexto. A cartografia, grande aliada da geografia, detinha certa carga simbólica nas propostas dos estudiosos da Idade Média, sem propósito de localização ou para navegações. Os famosos mapas TO eram trabalhados contendo a Europa, Ásia e África. Esse entendimento tem ligação com a Santa Trindade (Deus, Jesus e Espírito Santo), representava também os três reis magos. Ou seja, a idiossincrasia da geografia medieval representava o modelo socioeconômico e cultural vigente da Europa através de uma abordagem simbólico-qualitativa. Outra característica da geografia medieval, grosso modo, foi que muitos estudos foram plagiados de estudiosos pagãos, ou melhor, houve reproduções de outras obras e isso explica a preocupação de guardar toda a literatura do que melhorá-las, o próprio contexto das invasões deu certa preocupação para tal ato (BAUB, 2007).
O Renascimento, tendo como características a retomada dos estudiosos clássicos gregos, como Platão e Aristóteles – dois filósofos de grande oposição entre suas ideias e métodos. Mas o principal papel do renascimento é o rompimento de um modelo feudal, com ampla força política e moral institucionalizada pela Igreja Católica para o modelo capitalista. Tal fenômeno deu-se a partir das aglomerações urbanas em volta dos feudos, chamando-se de burgos, gerando a burguesia, que posteriormente, com o acumulo do capital ganha espaço e influência política a seus interesses.
Há de se comentar que com a consolidação precoce dos Estados-Nações, como a Inglaterra, Portugal, Espanha, deram início aos estudos cartográficos para a navegação, tendo a particularidade de explorações continentais. Mas os dois mais influentes nascem na aristocracia prussiana (futura Alemanha), Alexander Von Humboldt e Karl Hitter. A penetração do capitalismo fora tardia na Prússia, e que ainda sobrou restolhos do feudalismo e a formação da burguesia não trouxe um caráter de união nacional (assim como a França), vale ressaltar que a entrada do capitalismo foi intensa na questão agrária, mas sua forma ainda se manteve, entretanto, o conteúdo perdurou. Isto é, o poder se concentrava nos grandes proprietários de terras.
Moraes (2007) salienta que a questão do espaço na Alemanha foi essencial para a construção de um estudo mais aprofundado sobre a geografia em relação ao contexto do início século XIX e com isso diz:
A falta da constituição de um Estado nacional, a extrema diversidade entre os vários membros da Confederação, a ausência de relações duráveis entre eles, a inexistência de um ponto de convergência das relações econômicas – todos estes aspectos conferem à discussão geográfica uma relevância especial, para as classes dominantes da Alemanha, no início do século XIX. Temas como domínio e organização do espaço, apropriação do território, variação regional, entre outros, estarão na ordem do dia na prática da sociedade alemã de então. É, sem dúvida, deles que se alimentará a sistematização geográfica. Do mesmo modo como a Sociologia aparece na França, onde a questão central era a organização social (um país em que a luta de classes atingia um radicalismo único), a Geografia surge na Alemanha onde a questão do espaço era a primordial (2007, Pg. 61)
Para concluir, vale a pena lembrar a influência do também naturalista (e da alta aristocracia) Karl Ritter, pois trouxera a carga filosófica e histórica para a geografia. O teórico dizia que o estudo geográfico tem o dever de encontrar uma área dotada de uma individualidade, ou seja, buscar a individualidade dos lugares tendo o homem como elemento principal. Por fim, tais curiosos pertenciam a aristocracia de suas épocas, tendo o privilégio de serem pesquisadores.
Referências
terça-feira, 19 de maio de 2020
Semana da Pessoa Geógrafa
segunda-feira, 20 de abril de 2020
1° PET Diálogos Online
- Texto: “Povos indígenas e o direito a terra na realidade brasileira”, de Elizângela Cardoso de Araújo Silva.
- Texto complementar: “Breve reflexão sobre territorialidades indígenas” de Arthur Fernandes.
Links de Acesso
- Formulário de Inscrição
- Fórum: Acesse o Google Sala de Aula e insira o código 6ava3zc para participar da turma.
Cronograma da Atividade
Atividade Encerrada e Certificados Disponíveis (04 de maio)
sábado, 28 de março de 2020
Quarentena Produtiva
Para Assistir
Guia da Educação
Porta Curtas
Textos
Separamos também algumas dicas de leitura para essa quarentena produtiva, algumas já estavam disponíveis gratuitamente e outras fazem parte também da comoção em volta da crise do novo coronavírus.
L&PM